Ode ao Rio

Ouvi de longe
uma seria cantar
me  chamando para o Rio
Era mês de fevereiro
Eu não sabia pronde ir.
Como pode
Uma cidade que lhe entra
pelos olhos
E se instala do peito?
É uma onda
Maior do que as sonoras
Que acalma e te devora
Lava os cabelos
O barulho da Tuba lhe enchi os ouvidos
Você ama mais não explica
Mas foi... Foi um tropeço, que tirou a linha
o eixo
Mas o caminho torto era o certo
Uma estrela de  cinco pontas sem fim nem meio
Pensar que um dia eu maldisse esse lugar
jurei que não ia por os pés.
E hoje, escrevo  e me arrepio, com os olhos inevitavelmente cheios
de lágrimas de pupurina
Lembrei-me: é lindo, mas não é meu.

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